sábado, 23 de junho de 2007

Memória de peixe... ( da Dóris pelo menos... he do Nemo )


(esse texto é velho... n cheguei a publicar... e estou agora) tinha esquecido... hehe de verdade!

É muito fácil se esquecer... Das coisas, das pessoas, de nós mesmos... Muito fácil. Esquecer de escrever, esquecer de fazer exercícios, esquecer de ler o jornal, esquecer de conversar uma conversa boba, ou uma inteligente, esquecer de beber um dia e rir muito, esquecer de comer muito e esquecer de tudo o que dizem sobre saúde, é fácil esquecer de dar aquela caminhada na praia e lembrar que você existe também. É muito fácil esquecer que nosso corpo é uma máquina e precisa dos combustíveis pra poder funcionar melhor, e esquecer que nossa mente é apenas nossa, de mais ninguém, muito fácil... Esquecer de que nós lidamos com mentes que nem a nossa, esquecer de que as mentes os corpos que estão em nossa volta, sentem, tem vontades, tem medo, tem desejos... Egocêntricos... Que nem nós!
Esqueço de muitas coisas às vezes... Da data, da minha idade, do tempo que namoro, dia do meu aniversário, de caminhar no jardim botânico, de fazer a cama, de estudar, de ver jornal nacional, de dançar, de beber um choppinho com amigos, de ir ao cinema, de passar filtro solar.
Será que esquecer de tanta coisa é normal!? Será que estou esquecendo de alguma coisa?! Fato...

terça-feira, 5 de junho de 2007

Ou tu tá dentro ou não tá!


Acho que só há uns dias atrás consegui finalmente assumir um vício, ou pelo menos o começo do processo de admiti-lo... Sou dependente de atenção alheia. Infelizmente quando não me sinto (isso é muito importante, pois na prática posso até ter a atenção e algum tipo de dedicação de alguém, mas nem sempre é dessa forma que funciona aqui em cima) incluída por alguém, não me sinto preenchida ou não me sinto dentro do grupo... =/ Mas que outra coisa fique claro (também!), não é simplesmente qualquer pessoas que me “rejeitasse” e eu would fall down. A pessoa é crucial nessa parte.
Enfim... Sou viciada em ter companhias e viciada em precisar me sentir incluída.

Só to assumindo mesmo isso pra que em certas situações, eu não me sinta mal, e não saiba o porquê. Fazendo esse tipo de coisa eu consigo entender que eu simplesmente esteja precisando de uma boa conversa com alguém muito especial.

Já que pretendo deixar esse blog aberto as pessoas do orkut... Acho que pra não me entenderem como uma dessas que são ultra dependentes de amigos e não conseguem resolver nada sozinha sem antes consultar alguém... (de vez em quando, apenas! ;) ), não sou! Adoro minha privacidade, minha independência, minha viagem interna, minhas variações de humor, minhas caminhadas... Tudo sozinha. Apenas necessito de pessoas... Como todos. Mas acho que prefiro ver como dependência de conversas e de me sentir incluída. Apenas. Porque no fundo acho mesmo que somos auto satisfatórios (não lembro da outra palavra que é muito mais usada), sem precisarmos de afirmações de outros... Somos nós mesmos e ponto. Mas vc sabe né... Assim como eu sei. Nem sempre é assim que funciona aqui em cima! ;)

domingo, 3 de junho de 2007

Sexo na mesa de bar?

(achei essa foto no google imagens, sexo na banheira... também serve! )


Qual é a grande fissura das pessoas por sexo que sempre que estamos numa conversa grupal (que nem sexo grupal... huhu) o papo calha nesse assunto?

Tão triste isso não é mesmo?
Não me incomodo nenhum pouco em falar nesse assunto, acho divertidíssimo até. As pessoas vão saindo da toca, todo mundo ri, alguns ficam constrangidos, o que é mais engraçado ainda... Rende bastante esse papo, concordo... Vale a pena um dia ter horas de conversa sobre isso e com muita gente, ai ninguém entra muito no íntimo e todos falam um pouquinho sobre o que acham desse tão bonito esporte (como alguns chamam).
Não sei muito bem o que nos faz sempre calhar nesse assunto, talvez a própria falta do que falar. Talvez. Ou talvez a própria falta de ... (pra alguns, lógico).

Uma possibilidade acabou de me ocorrer... Sexo é um instinto do homem de se reproduzir e na idade que estou, é tanto feito, mas tanto feito, que temos até hormônios que nos estimulam a querer mais e mais quando vimos “o/a” outro(a). Talvez essas longas conversas sobre “celso” (como eu costumo falar he) tenha alguma coisa a ver com nossos instintos e nossos desejos sobre fazer sexo. Tipo assim, tem tanto hormônio dizendo “vai fuder! vai fuder!” que isso tem que ser amenizado nas conversas pra na hora da ação de verdade, não morramos de tanto fuder. Que mórbido... Mas foi o jeito que achei pra descrever. He

Gosto muito de piadinhas sobre órgãos reprodutivos (he), mas são piadinhas né... Não divagações sobre posições e etc. Que são infinitas aliais (as piadinha dãn).

sábado, 2 de junho de 2007

Essa que me ajuda: Clarice.

Bem, acho que como certa continuidade do post anterior...Escrevo este.
Leio muito Clarice Lispector, me identifico muito. Tenho um amigo que diz que eu sou meio parecida com ela até, meio “louca” como ele diz. Mas sou muito diferente de Clarice. Talvez nossa única coisa em comum é que somos mulheres. Hehe Nem tanto, eu sei, mas parecida com ela também não sou. Ela tem uma certa intensidade no que diz, é tão impressionante, não tem papas na língua, diz, sem medo, sem hesitar, sem se sentir presa e reprimida. Acho lindo o modo que ela escreve e fala. Se expressa de uma forma tão simples, sutil, que se torna tão profundo, tão profundo que é até difícil às vezes de ler e entender. Mas a simplicidade é o que ela quer dizer, é o que penso.
Eu sei que ela mesma diz que não tem certeza absoluta do que diz, mas quando diz (escreve né) é tão confortante. Sinto-me tão mais compreendida, por isso deu me identificar, lógico. Mas é que por séculos eu vou sentindo uma certa coisa, só que com sombras nos pensamentos, e vai ela, e diz exatamente o que sinto, sem sombra alguma, como é confortante isso, muito bom! E não creio que sejam pensamentos generalizados, são pensamentos específicos, em determinadas situações, e que também (como pra ela) fazem muito sentido pra mim.
Clarice esclarece-me.

“Qualquer que tenha sido o crime dele, uma bala bastava, as treze balas significava a vontade de matar”.
“Eu não enfeito, escrevo simples.”